domingo, 8 de maio de 2011

Uma excelente forma de educar os leitores

Não se deixem enganar, não vou voltar ao ritmo "estonteante" de posts de outrora, é um mero espelhismo, não tenho tanto tempo livre como nos tempos de estudante, mas achei que este post deveria ver a luz do dia e do mediatismo bloguista, por assim dizer.

Na minha incursão cibernética de hoje passei pelo habitual The New York Times e pus-me a ler uma crónica bastante interessante sobre Java, Indonésia, intitulada Lost in Java quando sem querer fiz duplo clique sobre uma palavra e surgiu um pontinho de interrogação:


Cliquei e surgiu o seguinte:


... e achei simplesmente fantástico! Se calhar já muito de vocês tinham reparado, mas para mim foi uma descoberta.

Critico abertamente o facilitismo da comunicação social que não se preocupa (minimamente) em "cultivar" o leitor. A escolha simplista das palavras usadas para atingir as grandes massas deixa-nos comodamente na nossa zona de conforto linguística, onde não atamos nem desatamos, estamos ali... rondamos a actualidade sem muitos entraves e acomodamo-nos a esse estado de letargia semântica. Pois eu acho mal! Daí o meu espanto perante esta estratégia usada no NY Times, é brilhante! Usemos palavras complicadas, fazem parte do nosso espólio linguístico!

Acho que parte do trabalho de um jornalista é precisamente "educar" as massas, especialmente na era da tecnologia, em que a informação "navega" à velocidade das ligações de dados. Sendo que na sua maior parte são pessoas extremamente cultas e informadas, porque não usar isso em benefício da sociedade? Eu agradeceria, certamente! Ainda que tal me obrigasse a, volta e meia, fazer duplo clique nalguma palavra.

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